Resposta: Não necessariamente, uma grande parte da população apresenta desvio de septo nasal (aproximadamente 65% da população*), mas se a pessoa não apresenta dificuldade respiratória, nem problemas inflamatórios nasais (tais como rinites, rinossinusites), não há necessidade cirúrgica. *AJNR Am J Neuroradiol 25:1613–1618, October 2004
Resposta: Existe uma grande confusão em relação à "sinusite". Já virou jargão popular dizer que "a sinusite atacou" quando a pessoa apresenta obstrução nasal, secreção nasal, dor de cabeça na região frontal e malar (na testa e maçã do rosto), quando na verdade, provavelmente esta pessoa está em um quadro agudo de rinite, e provavelmente não tem nada a ver com sinusite. Caso haja realmente o diagnóstico de "sinusite", o tratamento pode ser clínico e cirúrgico.
Resposta: Não. As cirurgias nasais tem um índice altíssimo de sucesso quando bem indicadas. A chance de reoperação em casos de desvio de septo nasal e aumento das conchas nasais é baixo.
Resposta: Excluindo as biópisas de lesões nas porções mais anteriores do nariz (mais próximo do orifício do nariz) e as cauterizações nestas regiões, normalmente todas as cirurgias nasais são realizadas sob anestesia geral.
Resposta: O zumbido ou acúfeno tanto pode ser indício de alteração auditiva como não. Somente um médico especialista (Otorrinolaringologista) poderá investigar qual a causa desse sintoma.
Resposta: A febre é um sinal de alerta muito importante nas crianças e a sua persistência para além das 48 a 72 horas deve justificar a ida a uma consulta médica na procura de tratar a causa.
Também a existência de dor nos deve alertar, pois pode significar um foco de infeção. Podemos evidenciar a situação das amigdalites em que a dpr de garganta pode provocar dificuldades de alimentação e o caso das otites, em que a dor é muitas vezes intolerável e só alivia com tratamento adequado.Resposta: As amígdalas grandes não significam, por si só, doença. No entanto, o seu tamanho acima do normal pode ter consequências, quer a nível de dificuldades na alimentação da criança, quer a nível da respiração, levando ao colapso momentâneo e repetitivo da via aérea superior durante o sono, causando o ressonar e eventuais paragens respiratórias, pelo que o tamanho das amígdalas pode merecer cuidado médico. Estas situações devem ser avaliadas caso a caso pelo médico otorrinolaringologista e podem justificar tratamento cirúrgico.
Resposta: A indicação de cirurgia das amígdalas coloca-se por problemas infecciosos ou por problemas de dimensões exageradas. Quanto aos problemas infecciosos a indicação cirúrgica pode colocar-se nas crianças que têm amigdalites de repetição e que não melhoram com vários tratamentos médicos ou ainda na sequência de um abcesso peri-amigdalino, situação pouco frequente em crianças. Quanto aos problemas devido ao tamanho das amígdalas, a indicação cirúrgica justifica-se quando a hipertrofia causa alterações da respiração noturna, como o sindroma de apneia obstrutiva do sono.
Quanto à cirurgia de ablação dos adenóides, e uma vez que este tecido linfático está muitas vezes no centro de quadros infecciosos que tendem a evoluir para a cronicidade, sempre que não for possível controlar com medicamentos, a remoção cirúrgica é muitas vezes a solução definitiva. Cada caso deve ser avaliado pelo médico que acompanha regularmente a criança por forma a tomar a melhor decisão.Resposta: Nas crianças, as doenças infecciosas do território ORL estão muitas vezes associadas à presença de vírus ou bactérias ou de ambos, uma vez que uma infeção viral pode facilitar o aparecimento de uma bacteriana. Para além dos aspetos específicos de cada situação clínica, o facto de uma infeção persistir, com febre e outros sintomas, por mais de dois ou três dias é um indicador de que podemos estar perante uma infeção provocada por uma bactéria.
Por esta razão é que muitas vezes se dá a indicação de fazer apenas tratamento sintomático, com analgésicos e/ou antipiréticos, nos primeiros dias e só equacionar a hipótese de antibioterapia se os sintomas persistirem. Este procedimento de uso mais racional de antibióticos, contribui para que não se desenvolvam tantas resistências aos antibióticos, o que nos permite guardar uma arma fundamental para o tratamento de muitas das nossas doenças ao longo da vida.